sábado, 28 de dezembro de 2013

A bela história da luta pela saúde do Clodoaldo Ferreira

Ontem contamos aqui um pouco da minha luta para recuperar a saúde. Comemoro, onze anos depois daqueles dias de Hospital, onde ficamos um mês na UTI. Sabemos a força da oração e da amizade! O quanto é importante a presença da família, acreditar nos médicos e esperar sempre, com o pensamento positivo, que Deus possa agir sobre nós!

Vemos no facebook a narrativa do Clodoaldo Ferreira, que com Hepatite e Câncer, também é um vitorioso. Ele próprio nos conta esta história. Peço permissão aos leitores para fugir um pouco da nossa linha editorial, mas vale a pena a gente se emocionar e usar como exemplo para tantas pessoas que estão passando por momentos difíceis.



Em agosto de 1995 fiz uma vídeo-laparoscopia para retirar a vesícula e o médico estranhou a cor do meu fígado, deu um beliscão e enviou junto ao material da vesícula para biopsia. O resultado veio no mês seguinte com a notícia que eu teria hepatite tipo C. Durante 18 anos lutei contra esta hepatite. Períodos longos de tratamento à base de interferon e interferon peg lato. Foram três tratamentos alternados, de um ano cada. 

Em julho de 2012 apareceram os nódulos malignos e aí iniciamos nova luta, novo desafio, pois agora tínhamos câncer e precisávamos ganhar esta briga. Em novembro de 2012 fizemos uma quimioembolização, tipo de quimioterapia onde o remédio é derramado diretamente no fígado, através de um cateter. Nesta época eu já estava tendo crises de encefalopatia hepática, ou seja, desoxigenação do cérebro, porém a partir desta data passei a figurar na prioridade na lista do transplante. Em fevereiro de 2013 cheguei a posição 24 na fila. Em março, no dia 18 pela manhã, vi a lista e era o número um, fiquei tão feliz que esqueci das orientações de ir para Recife, malas prontas, etc.

A noite já estava deitado quando o telefone toca, era da coordenação de transplante me chamando urgente que meu fígado estava a minha espera e que até as três horas da manhã do dia 19 eu deveria me apresentar na recepção do Hospital Jaime da Fonte. Saímos feito loucos, eu e minha esposa, amiga e companheira de todas as horas, e às 2h45 estávamos lá. Passamos a madrugada efetuando exames e às 06h20 entramos para a cirurgia. Foi muito interessante neste momento porque o Dr. Américo aferiu a minha pressão e chamou o Dr. Paulo, cirurgiões que efetuaram o transplante, e pediu que ele aferisse também, 11 por 7. Dr. Américo informou que não era normal eu estar tão tranquilo, mas eu disse a eles que quando foram me dar o cheirinho (anestésico) eu estava a falar com o médico dos médicos, Deus, e que a vontade Dele seria o mais importante, pois eles seriam apenas instrumentos, eles riram e afagaram minha cabeça, mas aceitaram concordando comigo, e às 13h30 eu estava indo para a UTI, repousar e aguardar acordar.

Hoje, seis meses depois estou "sofrendo" os efeitos colaterais da saúde, graças a Deus e as orações de uma multidão de cristãos de vários credos e a eficiência do corpo médico e administrativo do do Hospital Oswaldo Cruz, (hospital público da UPE) estou escrevendo esta mensagem para que conheçam a minha caminhada e a nossa vitória em Jesus Cristo, que nunca me deixou fraquejar.

Clodoaldo Ferreira

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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